O direito à interrupção voluntária de gravidez é um dos temas centrais da campanha para as eleições presidenciais de 5 de novembro. A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, criticou as leis restritivas que causam confusão para mulheres e médicos, após a anulação da proteção federal do aborto pelo Supremo Tribunal. O candidato republicano Donald Trump assume a responsabilidade por essa mudança, resultado das suas nomeações de juízes conservadores.
Recentemente, o juiz Robert McBurney considerou que a Constituição da Geórgia permite que as mulheres controlem os seus corpos até à viabilidade do feto, que ocorre entre as 20 e 22 semanas. Apesar disso, as autoridades republicanas recorreram da decisão, que tinha restaurado o direito ao aborto até esse ponto. A situação é ainda mais alarmante com o relato de uma mulher que faleceu por falta de cuidados médicos devido às restrições em vigor.