O prémio Fernando Távora, atribuído anualmente, foi concedido a Gabriel Weber, que receberá uma bolsa de viagem de seis mil euros. A sua proposta, ‘Do Benim ao Benim: Projetos Marginais, Arquiteturas Radicais’, foi elogiada pela presidente do júri, Mónica Baldaque, como uma expedição que explora a arquitetura local e suas raízes históricas. Weber, arquiteto e doutorando na Universidade do Porto, destaca a importância de preservar a memória cultural dos Agudás, descendentes de escravizados que retornaram ao Benim.
A proposta de Weber é um importante passo para a valorização da identidade cultural dos Agudás, que misturam influências brasileiras e africanas na sua arquitetura e costumes. Este reconhecimento é fundamental para a promoção de um diálogo intercultural e para a preservação da história de comunidades muitas vezes esquecidas. A iniciativa do prémio Fernando Távora é, portanto, um incentivo vital para jovens talentos que exploram o impacto da história na arquitetura contemporânea.