A Fundação Kees Eijrond, liderada por Mirna Queiroz, planeia abrir a casa da fadista Mísia em Lisboa para residências artísticas. O objetivo é manter vivo o seu legado, recebendo artistas internacionais. Atualmente, a casa abriga o intérprete David J. Amado, entre os três selecionados para o projeto. As residências focarão a palavra em português e a casa será aberta ao público em visitas guiadas temáticas.
O leilão de objetos pessoais da fadista, previsto para novembro, visa arrecadar fundos para a construção de um túmulo digno de sua carreira. Sebastian Figueiras, amigo e herdeiro de Mísia, destacou que a artista apreciaria essa iniciativa. Entre os itens leiloados estão vestidos e joias, com algumas doações já feitas a museus.
Mísia, reconhecida como inovadora do fado, faleceu em julho aos 69 anos, após uma carreira de 34 anos. A fundação, com sede na Holanda, compromete-se a preservar a casa como espaço de criação artística, assegurando a curadoria e manutenção do local em homenagem à artista.
A proposta da Fundação Kees Eijrond é uma bela forma de perpetuar o legado de Mísia, permitindo que novas gerações de artistas explorem a sua herança cultural. O leilão de objetos pessoais não só ajudará a financiar um túmulo digno, mas também permitirá que fãs da fadista tenham uma recordação tangível da sua vida e carreira. Esta iniciativa destaca a importância de preservar a memória de figuras icónicas da cultura portuguesa.