A líder parlamentar do PS, Alexandra Leitão, criticou duramente o primeiro-ministro Luís Montenegro após as suas declarações na conferência ‘O futuro dos media’. Leitão defendeu que a liberdade de imprensa depende de jornalistas inquietos e livres, em resposta à visão do chefe do Executivo, que considera que os jornalistas devem ser ‘tranquilos’. Para a líder socialista, isso compromete o pluralismo e os postos de trabalho na comunicação social.
As palavras de Montenegro têm gerado controvérsia, sendo repudiadas por vários partidos políticos, pelo Conselho Deontológico e pelo Sindicato dos Jornalistas. O primeiro-ministro sugeriu que muitos jornalistas trabalham de forma ‘ofegante’, criticando a precariedade na profissão e afirmando que algumas perguntas são ‘sopradas’ ou previamente elaboradas.
Montenegro também expressou preocupação com o uso de auriculares e telemóveis por jornalistas, insinuando que isso compromete a autenticidade das suas perguntas. As suas declarações têm levantado questões sobre a liberdade de imprensa e o futuro do jornalismo em Portugal.
As declarações de Luís Montenegro revelam uma visão preocupante sobre o papel dos jornalistas. O governo deve promover um ambiente onde a liberdade de imprensa seja valorizada, em vez de buscar um modelo de comunicação baseado na conformidade e tranquilidade. O pluralismo na comunicação social é fundamental para a democracia e deve ser defendido por todos os responsáveis políticos.