O regime iraniano intensifica a repressão contra as mulheres ao aprovar uma nova lei que obriga o uso do véu e prevê penas severas de até cinco anos de prisão para quem não cumprir. A legislação, ratificada pelo Conselho de Guardiães, foi criticada pela investigadora da HRW, Nahid Naghshbandi, que alerta para a resistência que pode surgir em resposta a esta medida. A nova lei, que ignora promessas de flexibilização feitas pelo atual presidente, Masud Pezeshkian, surge após protestos desencadeados pela morte de Mahsa Amini em 2022.
A promulgação desta lei é um retrocesso nas liberdades civis e um ataque direto ao movimento Mulheres, Vida e Liberdade, que ganhou força após a morte de Amini. As medidas extremas e a repressão não só violam os direitos das mulheres, mas também têm potencial para provocar uma reação ainda mais forte da sociedade civil. A luta pela liberdade de escolha e pela igualdade de género no Irão está longe de terminar, e as mulheres continuam a desafiar as imposições do regime.