A ‘Pós-graduação em Racismo e Xenofobia’, promovida pelo Observatório, gerou críticas após o painel de formadores ser apenas composto por pessoas brancas. As redes sociais fervilharam de reações, especialmente em relação a um dos painéis que questionava a existência do racismo. Paula Cardoso, jornalista e fundadora da rede Afrolink, classificou a situação como ‘chocante’ e sublinhou que a estrutura do Observatório não representa a diversidade necessária para discutir tais temas.
Cardoso destacou que um Observatório liderado por quem não viveu a discriminação racial perpetua a invisibilidade dos afrodescendentes. Ela criticou o título da pós-graduação, afirmando que sugere uma aprendizagem de racismo e xenofobia. Além disso, lamentou que os contributos dos negros sejam valorizados apenas sem contrapartida financeira, refletindo o racismo estrutural em Portugal.