Protestos na Assembleia dos Açores contra novo limite no subsídio de mobilidade

O deputado do BE/Açores, António Lima, criticou a imposição do Governo da República de um teto de 600 euros para o subsídio social de mobilidade, sem aguardar as conclusões de um grupo de trabalho. O BE considera a medida inaceitável e um ataque ao direito à mobilidade dos açorianos. O voto de protesto foi aprovado por maioria, com apoio de várias bancadas, exceto Chega.

Nuno Barata, da IL/Açores, também se manifestou contra a falta de consulta prévia na alteração das regras do subsídio. Ele destacou que a nova portaria impõe exigências burocráticas e um teto que prejudica os residentes. O parlamento rejeitou um terceiro voto de protesto do PS, que considerou a medida um retrocesso significativo na mobilidade.

O PS criticou a passividade do Governo Regional e defendeu que a decisão desrespeita princípios de equidade e coesão territorial. O voto foi rejeitado pela maioria, enquanto o parlamento aprovou dois votos de pesar pela morte de antigos deputados.

As reações dos partidos na Assembleia dos Açores refletem uma preocupação generalizada com a mobilidade dos cidadãos. A imposição de um teto máximo no subsídio social levanta questões sobre a autonomia regional e a responsabilidade do Governo em ouvir as vozes dos açorianos. Este episódio evidencia a necessidade de um diálogo mais construtivo entre as várias entidades governamentais.