O julgamento de Rui Pinto, criador do Football Leaks, começa na próxima segunda-feira, às 14h00, no Juízo Central Criminal de Lisboa. A juíza Tânia Loureiro Gomes agendou 16 sessões até maio, com encontros a ocorrerem nas tardes de segundas-feiras e nas manhãs e tardes de quartas-feiras, a cada duas semanas. Nas sessões de 13 e 15 de janeiro, estão previstas exposições introdutórias e a tomada de declarações do arguido.
Pinto responderá por 201 crimes de acesso ilegítimo qualificado, 23 crimes de violação de correspondência agravados e 18 crimes de dano informático. Apesar de ter sido pronunciado para julgamento em março, a lei da amnistia aprovada em 2023 levou à remoção de um crime, reduzindo o total de acusações. Além do Benfica, várias instituições e figuras públicas estão envolvidas no caso.
O criador do Football Leaks foi já condenado em setembro de 2023 a quatro anos de prisão com pena suspensa por crimes de extorsão e violação de correspondência, e em novembro, recebeu mais uma pena suspensa em França por aceder ilegalmente a emails do Paris Saint-Germain.
O caso de Rui Pinto levanta questões sobre a segurança e privacidade das informações, além de refletir a complexidade das leis que regem o acesso a dados. A sociedade deverá estar atenta aos desdobramentos do julgamento, que pode influenciar a forma como se trata a violação de correspondência e o acesso a informações sensíveis.