A inspetora da IGAS, Marta Gonçalves, afirmou que não houve tratamento preferencial para as gémeas luso-brasileiras no Hospital de Santa Maria. A primeira consulta foi marcada irregularmente, mas o tratamento decorreu como o de qualquer outra criança. Gonçalves também garantiu que a investigação não revelou danos ao erário público, uma vez que as crianças eram elegíveis para o medicamento, com custo elevado.
Durante a audição, a inspetora negou pressões externas na investigação e esclareceu que a secretária do antigo secretário de Estado não tinha autonomia para marcar consultas sem ordem superior. Gonçalves enfatizou que não foram encontradas motivações pessoais para o contacto da secretária, e que as conclusões do relatório não mudariam com novas informações.
A IGAS investigou os vários níveis de decisão do hospital, sem evidências de intervenção do Presidente da República. A ligação ao Hospital Dona Estefânia não foi aprofundada, dado que as crianças não foram tratadas lá. Gonçalves afirmou que o foco da investigação era o Ministério da Saúde, não a eventual interferência de Nuno Rebelo de Sousa.
A transparência na investigação do caso é crucial para restaurar a confiança pública nas instituições de saúde. A ausência de evidências de pressão externa e a confirmação de que o tratamento seguiu protocolos padrão reforçam a importância de processos justos e éticos na saúde pública. É necessário garantir que todos os cidadãos tenham acesso igualitário aos cuidados de saúde, independentemente de suas circunstâncias.