Responsáveis de livrarias em Portugal, como Arnaldo Vila Pouca da Flâneur e Francisco Reis da Poetria, reconhecem as dificuldades, especialmente devido ao aumento das rendas. Ambos defendem que, enquanto houver leitores, as livrarias continuarão a existir. Vila Pouca destaca a importância de informar os consumidores sobre as margens de lucro e os custos operacionais, um ponto crucial para a sustentabilidade do negócio.
A Porto Editora afirma que as vendas de livros têm mantido um ligeiro crescimento, apesar das pressões financeiras, enquanto a Almedina e o grupo Bertrand Círculo garantem a continuidade das suas livrarias. As editoras e livrarias enfrentam um mercado competitivo, onde o desaparecimento de espaços culturais representa uma perda significativa para a diversidade.
O futuro das livrarias está interligado ao interesse dos leitores e à capacidade de adaptação das mesmas. Apesar das dificuldades, os responsáveis mostram-se otimistas e comprometidos em manter a oferta cultural nas suas comunidades, esperando que as melhorias nos hábitos de leitura continuem a impulsionar o setor livreiro em Portugal.
O encerramento de livrarias é um sinal preocupante da desvalorização da cultura. É vital que os consumidores compreendam o valor das livrarias e apoiem esses espaços, essenciais para a diversidade cultural e o desenvolvimento da leitura. O conhecimento é um bem coletivo e deve ser preservado através do apoio a essas instituições.