Max Porter no Folio: Entre a Literatura e a Vida Pessoal

O escritor Max Porter, que admite ter dificuldades com a exposição pública, participou hoje no Folio, o Festival Literário Internacional de Óbidos. Ele partilhou a sua trajetória desde a adolescência, quando deixou de ler, até a redescoberta da literatura durante o seu trabalho numa livraria em Londres. Nesse período, conheceu autores como Saramago e Pessoa, refletindo sobre a necessidade de ‘mudar de estilo’.

Porter defendeu que um romancista não precisa abordar política diretamente, mas utiliza outras plataformas para discutir temas como os conflitos no Sudão e Gaza. Ele também comentou sobre a sua obra ‘O Luto é a Coisa com Penas’, que expressa a dor pela perda da mãe com humor e sarcasmo, e ‘Shy’, que explora a adolescência e o suicídio.

O Folio, que decorre até domingo em Óbidos, inclui mais de 600 iniciativas com a presença de escritores internacionais. O evento é organizado pela Câmara Municipal, Óbidos Criativa, a Fundação Inatel e a Ler Devagar, destacando-se como um importante espaço de reflexão literária.

A participação de Max Porter no Folio evidencia a relevância da literatura como uma forma de lidar com questões pessoais e sociais. A sua abordagem sincera e bem-humorada cativa o público, mostrando que os escritores têm um papel importante na reflexão sobre a vida e as realidades contemporâneas.