Na conferência de imprensa da FPU, Abel Chivukuvuku abordou a situação política em Angola e a recente legalização do PRA-JA Servir Angola. O político expressou preocupação com a ansiedade em torno do partido, que foi formado em 2022 e já enfrentou chumbos do Tribunal Constitucional. Chivukuvuku anunciou que o congresso do PRA-JA deverá ser convocado até ao primeiro trimestre de 2025 e que, para integrar os órgãos do partido, deputados terão de abandonar o parlamento.
Adalberto Costa Júnior, da FPU, elogiou a luta pela legalização do PRA-JA, considerando-a uma “vitória suada”. Ele ressaltou a importância da pressão da opinião pública na superação dos obstáculos impostos pelo Tribunal Constitucional. A FPU, que também inclui o Bloco Democrático, reafirmou o seu compromisso em promover uma democracia participativa em Angola, destacando a necessidade de reformas para o desenvolvimento do país.
Costa Júnior criticou a orientação dos órgãos estatais para desacreditar a FPU e afirmou que a plataforma continuará a lutar pela unidade e pela defesa dos interesses dos angolanos. A FPU pretende consolidar o seu papel como uma força política relevante e está determinada a enfrentar os desafios impostos pelo regime, reforçando a mensagem de que a democracia e as reformas são fundamentais para o futuro de Angola.
A luta pela legalização do PRA-JA é um marco importante na busca por uma oposição mais estruturada em Angola. A disposição de Chivukuvuku e da FPU para enfrentar as dificuldades é um sinal de esperança para muitos angolanos que anseiam por mudanças significativas no cenário político. A pressão popular pode ser um motor essencial para a transformação desejada, mas é fundamental que haja uma estratégia clara para a transição e organização interna do partido.