De acordo com o relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), os níveis de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso aumentaram novamente no último ano. O CO2, responsável por 64% do aquecimento global, acumula-se na atmosfera a um ritmo alarmante. Em 2023, as temperaturas globais atingiram valores sem precedentes, com o CO2 a aumentar 151% desde a era pré-industrial.
A Secretária-Geral da OMM, Celeste Saulo, destacou a necessidade urgente de ação política, lembrando que os objetivos do Acordo de Paris estão em risco. Apesar das promessas de limitar o aquecimento a menos de 2°C, a realidade mostra um cenário oposto, com a concentração de gases a aumentar exponencialmente.
A OMM também alertou para os riscos associados a esse aumento, como os incêndios florestais e a diminuição da capacidade dos oceanos em absorver CO2. Mesmo que as emissões fossem reduzidas a zero, levaria décadas para ver uma diminuição nas temperaturas. A próxima cimeira da ONU sobre o clima, que ocorrerá em Baku, será uma oportunidade para discutir estas questões críticas.
É fundamental que os líderes globais tomem medidas concretas para reverter esta tendência alarmante. O tempo para agir é agora, antes que os impactos do aquecimento global se tornem irreversíveis.