A Comissão Parlamentar de Inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras prosseguiu hoje com a audição de António Carapeto, inspetor-geral das Atividades em Saúde, e José Pedro Vieira, diretor de neuropediatria do Hospital Dona Estefânia. Carapeto sublinhou a necessidade de aprender com o caso, que envolveu o tratamento de duas crianças com uma medicação de alto custo, Zolgensma, para a atrofia muscular espinal. O acesso à consulta foi considerado ilegal, uma vez que não seguiu os procedimentos normais.
António Carapeto afirmou que a Inspeção-Geral não investigou a responsabilidade política de figuras como o Presidente da República ou o primeiro-ministro, destacando que melhorias na tomada de decisões são necessárias para evitar incidentes semelhantes no futuro. O caso, que já motivou uma investigação da Procuradoria-Geral da República, levanta questões sobre a relação entre a administração pública e o poder político.