A missão Shenzhou-19 descolou às 04:27 de quarta-feira, a partir do centro espacial de Jiuquan, na China. A tripulação, liderada por Cai Xuzhe e composta por estreantes, irá passar seis meses na estação Tiangong, realizando investigações científicas e atividades fora da estação. Os astronautas vão focar em projetos relacionados à construção de habitats na Lua, utilizando materiais que simulam o solo lunar.
Cai Xuzhe já tinha participado da missão Shenzhou-14, enquanto Song Lingdong e Wang Haoze são novos no espaço. Wang segue os passos de Liu Yang e Wang Yaping, as primeiras astronautas chinesas. A China planeia colaborar com a Rússia e outros países para construir uma base de exploração no polo sul da Lua.
Esta é a oitava missão tripulada na Tiangong, que deverá operar durante cerca de dez anos. A estação poderá tornar-se a única do mundo se a Estação Espacial Internacional, da qual a China está excluída, ficar inativa. Com investimentos estratégicos, a China já alcançou importantes feitos espaciais, como a aterragem no lado oculto da Lua e a exploração de Marte.
A crescente ambição da China no espaço reflete não apenas um investimento em ciência, mas também uma rivalidade global nesta área. A cooperação internacional, como a prevista com a Rússia, pode ser um passo importante para a exploração lunar. Contudo, a exclusão da China da Estação Espacial Internacional levanta questões sobre a necessidade de um trabalho conjunto no espaço.