O novo serotipo 3 da febre catarral ovina, ou língua azul, foi detetado pela primeira vez em setembro no Alentejo e já está a causar estragos significativos. Ricardo Romão, docente e médico veterinário, alerta que a propagação está ligada às alterações climáticas, que favorecem a transmissão de doenças vetoriais. A doença afeta especialmente animais com sistemas imunológicos mais fracos, como ovelhas prestes a parir.
A situação é alarmante, com relatos de que até 70% dos animais de um rebanho podem ficar infetados. A vacinação é crucial, mas muitos criadores estão a lutar contra a falta de apoio do Governo. A Confederação dos Agricultores de Portugal já solicitou uma intervenção urgente, destacando a necessidade de medidas eficazes para proteger os rebanhos e os agricultores.