A defesa de Eduardo Vítor Rodrigues, autarca do PS, anunciou que irá apresentar um recurso ao Tribunal Constitucional até quinta-feira. Este recurso suspende a condenação à perda de mandato imposta pelo Tribunal de Vila Nova de Gaia, onde Rodrigues foi condenado por peculato de uso. A sentença incluiu também uma multa de 8.400 euros pelo uso indevido de um veículo elétrico do município.
Em segunda instância, a Relação do Porto reduziu a multa para 4.800 euros, mas manteve a pena de perda de mandato. A mulher do autarca foi absolvida do crime, mas a condenação de Rodrigues foi mantida. Ambos não se pronunciaram durante o julgamento, que começou em 2021, após a acusação do Ministério Público que apontou para a utilização indevida de um veículo adquirido por uma empresa municipal.
Após a decisão da Relação do Porto, o PSD de Gaia pediu a demissão de Rodrigues, questionando a sua capacidade de liderar a câmara e a Área Metropolitana do Porto. No entanto, o autarca reafirmou a sua intenção de completar o mandato. O caso continua a gerar controvérsia na política local, refletindo a tensão entre os partidos envolvidos.
A situação de Eduardo Vítor Rodrigues levanta questões sobre a ética na política e a responsabilidade dos eleitos. A decisão de recorrer ao Constitucional mostra a resistência do autarca, mas também provoca debates sobre a legitimidade da sua continuidade no cargo perante as acusações graves. O impacto deste caso na confiança pública nas instituições pode ser significativo.