Álvaro Sobrinho pode escapar à justiça portuguesa devido a falhas na sua nacionalidade

Álvaro Sobrinho, empresário angolano acusado de burla e branqueamento de capitais, pode não voltar a Portugal, pois não possui nacionalidade portuguesa há 40 anos. A situação foi descoberta quando teve o passaporte apreendido em Lisboa. Desde então, Sobrinho está em Angola e pode evitar a extradição por não ter dupla nacionalidade.

A Ministra da Justiça, Rita Júdice, confirmou que houve uma renúncia à cidadania portuguesa e que o Instituto dos Registos e Notariado falhou na atualização dos seus registos. A justiça portuguesa está a investigar a situação.

Sobrinho enfrenta acusações relacionadas ao Caso BESA, onde é suspeito de apropriação indevida de centenas de milhões de euros. A acusação aponta para crimes cometidos entre 2007 e 2014, com prejuízos significativos para o Banco Espírito Santo.

A situação de Álvaro Sobrinho levanta questões sobre a eficácia dos registos de nacionalidade em Portugal, especialmente quando envolvidos casos de grande relevância judicial. A investigação interna anunciada pela Ministra da Justiça é essencial para esclarecer as falhas e garantir que a justiça não seja obstruída.