Nos últimos seis meses, o coletivo Práticas Coletivas de Inquietude e Transformação (PELE) desenvolveu um projeto em Loulé, no âmbito do Programa Atos da Odisseia Nacional do Teatro Nacional D. Maria II. O projeto culminou com uma instalação interativa e a ocupação artística do Terminal Rodoviário, onde a comunidade pôde expressar ideias sobre cultura.
Maria João Mota, da PELE, destacou o mapeamento das práticas culturais em Loulé, revelando fragilidades como a falta de transportes para jovens fora da cidade, o que limita o acesso à cultura. O grupo busca agora sistematizar a informação e promover um diagnóstico crítico sobre as oportunidades culturais na região.
O coletivo realizará hoje uma apresentação performativa e, em novembro, um fórum sobre democracia cultural. PELE pretende que as estruturas culturais repensem a participação da comunidade na programação cultural e que a voz dos cidadãos seja ouvida na definição de propostas artísticas.
É fundamental que as estruturas culturais incluam a comunidade na sua programação e que garantam acesso igualitário à cultura. O trabalho da PELE em Loulé é um exemplo de como a arte pode agir como um agente de transformação social, promovendo um diálogo essencial entre as instituições e as pessoas.