Na última sexta-feira, a PSP realizou uma operação no Martim Moniz, Lisboa, que resultou na fiscalização de cerca de 100 imigrantes, identificando apenas um em situação irregular. Associações como Vida Justa e Solidariedade Imigrante criticaram a operação, alertando para o aumento de casos irregulares após o fim das manifestações de interesse, uma medida que permitia a regularização de imigrantes. Os ativistas acusam o governo de perseguir os mais pobres e de não agir contra os imigrantes com recursos financeiros.
As associações defendem que a criminalização da imigração é um problema cíclico. Priscila Valadão, da Vida Justa, afirma que a perseguição aos imigrantes é motivada por preconceitos socioeconómicos. Timóteo Macedo, da Solidariedade Imigrante, destaca a necessidade de proteger as vítimas, em vez de tratá-las como criminosos. O fim das manifestações de interesse está a criar condições vulneráveis para os imigrantes, favorecendo o surgimento de organizações mafiosas.