A oposição na Geórgia não reconhece os resultados das recentes eleições legislativas, que consagraram o partido Sonho Georgiano, acusado de práticas autoritárias e de estar alinhado com a Rússia. A presidente georgiana, Salome Zurabichvili, criticou a eleição, chamando-a de ‘controlada e manipulada’. Ela exige novas eleições para restaurar a legitimidade do parlamento e do governo.
Zurabichvili também denunciou a interferência da Rússia no processo eleitoral e informou que uma delegação de deputados europeus está na Geórgia para ajudar a resolver a crise. Enquanto isso, o presidente do parlamento, Chalva Papuachvili, evitou reunir-se com a delegação, que se juntou a uma manifestação da oposição.
A União Europeia, que a Geórgia deseja integrar, manifestou preocupações sobre as eleições, com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmando que existem ‘graves suspeitas de fraude’ que requerem uma investigação aprofundada.
As tensões políticas na Geórgia revelam a fragilidade da democracia no país e a influência externa na sua política interna. A resposta da comunidade internacional será crucial para garantir um processo eleitoral justo e transparente.