Um relatório da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) revela que, dos 38 hospitais públicos que podem realizar interrupções da gravidez, sete não o fazem apenas por escolha da mulher, e quatro não realizam o procedimento em nenhuma circunstância. A inspeção de 2023 constatou que a elevada taxa de objetores de consciência é a principal razão para a não realização do procedimento em 10 dos 11 hospitais que não o praticam, embora todos assegurem o encaminhamento das mulheres.
É preocupante que, apesar da legislação em vigor, muitos hospitais ainda apresentem falhas no cumprimento das normas sobre a interrupção da gravidez. A falta de coordenação e de informação nos centros de saúde também agrava a situação, dificultando o acesso a este serviço essencial para a saúde das mulheres.