Em Serpa, no distrito de Beja, o cante alentejano é parte da identidade local, apesar da diminuição das suas expressões. Embora as mulheres deixem de cantar em casa, os homens continuam a reunir-se nas tabernas para entoar as suas modas. Miguel Lampreia, membro do Grupo Coral de Serpa, destaca a apreciação pelo cante na comunidade. Após a classificação da UNESCO em 2014, houve um aumento na procura, mas a continuidade dos grupos jovens é uma preocupação, conforme aponta António Silva, do Rancho de Cantadores da Aldeia Nova de São Bento.
Carlos Paraíba, mestre do Grupo Coral de Serpa, acredita que o cante alentejano ganhou reconhecimento e que a nova geração está a aderir. No entanto, é crucial revitalizar a participação jovem para garantir o futuro desta tradição. A distinção da UNESCO trouxe visibilidade e oportunidades, mas é necessário investimento nas escolas para manter a essência do cante alentejano viva.