A União Europeia não mantém contacto com o Hayat Tahrir al Sham (HTS), grupo que foi recentemente destacado na queda do regime sírio. O porta-voz da UE, Anouar El Anouni, revelou que o HTS está incluído na lista de sanções relacionadas ao Daesh e à Al Qaeda, aplicáveis a todos os Estados membros. A situação é complexa, especialmente com a liderança de Abu Mohammed al-Jawlani na lista de indivíduos sancionados.
Na conferência, Paula Pinho, porta-voz da Comissão Europeia, sublinhou a necessidade de avaliar as ações do HTS, que foi considerado um grupo terrorista. A presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, viu na mudança uma oportunidade para um Estado democrático, mas expressou preocupações sobre a inclusão de minorias no processo.
Após 12 dias de ofensiva, os rebeldes proclamaram Damasco ‘livre’ do presidente Bashar al-Assad, que se refugiou na Rússia. Enquanto países como a Rússia e a China manifestam preocupação, a maioria dos ocidentais celebra o fim do regime de Assad, que durou mais de meio século e simbolizou repressão na Síria.
A mudança de regime na Síria representa um momento histórico, mas a transição para um governo democrático ainda é incerta. A posição da UE sobre o HTS reflete a cautela necessária ao lidar com grupos considerados terroristas. É fundamental que a nova liderança sirva a todos os sírios, garantindo uma verdadeira inclusão e respeito pelos direitos humanos.