Ataque Talibã no Paquistão deixa 16 soldados mortos

Na sexta-feira, mais de 30 combatentes atacaram uma posição militar em Makeen, na província de Khyber-Pakhtunkhwa. O ataque, que durou duas horas, ocorreu a cerca de 40 quilómetros da fronteira afegã. Os atacantes queimaram documentos e material de comunicação, invadindo a base a partir de três locais diferentes. O ataque resultou na morte de 16 soldados e cinco feridos, segundo fontes dos serviços de informação.

Os talibãs paquistaneses reivindicaram a autoria do ataque, alegando que foi uma retaliação pelo massacre de comandantes. Eles afirmaram ter apreendido armamento, incluindo metralhadoras e dispositivos de visão noturna. Attacks contra o exército e a polícia são frequentes, especialmente na fronteira com o Afeganistão, onde o TTP, grupo aliado aos talibãs afegãos, está a intensificar as ações.

O aumento dos ataques tem deteriorado as relações entre o Paquistão e o Afeganistão, com Islamabad a responsabilizar o governo talibã por permitir que combatentes lancem ofensivas a partir do território afegão. Um relatório da ONU indica que cerca de 6.500 membros do TTP estão no Afeganistão, onde não são considerados terroristas, o que levanta preocupações sobre a segurança na região.

Esta escalada de violência revela a fragilidade da segurança no Paquistão e a necessidade urgente de abordar as questões que alimentam o extremismo na região. A relação complexa entre os dois países exige um diálogo mais construtivo para evitar novos conflitos.