Ana Costa Freitas, presidente da Associação Portuguesa de Mulheres Cientistas, destaca a importância do reconhecimento do valor das mulheres na ciência. Apesar de 52% dos cientistas em Portugal serem mulheres, elas ainda enfrentam dificuldades para alcançar posições de topo. A pandemia exacerbou a desigualdade, mostrando que as mulheres assumem mais responsabilidades domésticas, o que impacta a produção científica. Freitas defende a necessidade de quotas de género como uma medida temporária enquanto a sociedade não atinge a verdadeira igualdade.
Freitas acredita que a criação de um ministério da igualdade de género poderia ajudar a coordenar políticas públicas, mas alerta para a fragilidade das conquistas alcançadas até agora. Ela enfatiza a importância de abordar o assédio nas instituições de ensino superior, reconhecendo que as universidades não estão suficientemente preparadas para lidar com o problema. É crucial promover uma cultura de respeito e abertura para enfrentar essas questões.