Maputo viveu um dia de violência e protestos após a proclamação de Daniel Chapo como vencedor das eleições gerais de 09 de outubro. A presidente do Conselho Constitucional, Lúcia Ribeiro, viu-se interrompida por manifestantes que bloquearam avenidas e queimaram pneus, enquanto a polícia tentava dispersar a multidão. O clima de tensão resultou em feridos e confrontos prolongados, com pelo menos um jovem baleado.
Os protestos alastraram a várias áreas da cidade, incluindo a Avenida de Moçambique, onde populares socorreram feridos a bala. A vandalização de agências bancárias e supermercados intensificou o cenário caótico, mesmo com a chuva que se fez sentir. Imagens mostram Maputo coberta por fumo negro, enquanto a polícia enfrentava dificuldades para conter a revolta.
O descontentamento popular surge na sequência da confirmação da vitória de Chapo, da Frelimo, que obteve 65,17% dos votos, de acordo com o Conselho Constitucional. Venâncio Mondlane, que ficou em segundo lugar, contestou os resultados, desencadeando protestos que já causaram mais de 130 mortes em confrontos anteriores. As eleições incluíram presidenciais, legislativas e para assembleias provinciais, marcando um momento crítico na política moçambicana.
A situação em Maputo reflete o profundo descontentamento da população com os resultados eleitorais e a falta de confiança nas instituições. A violência e os protestos são um sinal claro de que muitos moçambicanos se sentem marginalizados e desiludidos com o processo democrático. É crucial que o governo e as autoridades procurem diálogo e soluções pacíficas para evitar mais tragédias.