Recentes chuvas no Haiti causaram a destruição de 501 casas e inundaram 16.515, afetando severamente as regiões Noroeste, Grande Anse, Nippes e Norte, conforme relatório da Proteção Civil. A situação agrava-se pela instabilidade política e pela violência de grupos armados em um país já marcado por dificuldades socioeconómicas.
Na terça-feira, dois jornalistas foram mortos durante um tiroteio em Porto Príncipe, enquanto tentavam cobrir a reabertura do Hospital da Universidade do Estado do Haiti, que estava encerrado desde fevereiro. O ataque foi perpetrado por gangues que tentaram impedir a cerimónia, num cenário de crescente insegurança na capital, onde os confrontos têm sido frequentes.
O Governo haitiano declarou estado de emergência até janeiro, visando combater a escalada da violência e a crise alimentar. Um novo Conselho Nacional de Segurança foi criado para enfrentar a situação, que se agravou com a recente missão multinacional de apoio, sem resultados significativos na redução da criminalidade e da instabilidade no território.
A crise no Haiti revela a urgência de intervenções eficazes, não só para restaurar a segurança, mas também para ajudar a população a enfrentar a devastação causada pelas chuvas e a violência. É fundamental que a comunidade internacional reforce o apoio ao país, promovendo soluções que garantam a paz e a estabilidade a longo prazo.