Debate sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez em Portugal

Desde a aprovação da lei da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) em 2007, a questão continua a gerar controvérsia em Portugal. Ana Campos, médica e defensora dos direitos das mulheres, critica o prazo de 10 semanas e o período de reflexão de três dias, considerando-os uma tutela desnecessária sobre as escolhas das mulheres. Além disso, destaca a falta de regulamentação da objeção de consciência entre os profissionais de saúde, que impede muitas mulheres de terem acesso a cuidados adequados.

Ana Campos defende que o aborto deve ser considerado um direito democrático e que é urgente regulamentar a objeção de consciência dos médicos. A situação nos hospitais, onde muitos não realizam IVG, é ilegal e prejudica as mulheres. Ela acredita que a lei deve ser alterada para permitir prazos mais longos e que a formação dos profissionais deve incluir o direito à saúde reprodutiva.