Uma mulher descobriu que o tio, de 53 anos, estava morto no Hospital Professor Doutor Fernando da Fonseca, conhecido como Amadora-Sintra, durante uma visita em dezembro passado. A família tinha sido informada que o doente oncológico estaria em estado crítico, mas ninguém avisou a sobrinha sobre o falecimento. Cláudia Albuquerque percebeu a situação quando se aproximou da maca.
Em janeiro, a mulher apresentou uma reclamação formal ao hospital e ao Ministério da Saúde, após o choque com a descoberta. O hospital lamentou o ocorrido e admitiu falhas na comunicação, mas garantiu que todos os cuidados clínicos foram prestados ao paciente.
A família também questiona a permanência do tio no Serviço de Observação de Urgência Geral, mesmo após três dias de internamento. O hospital esclareceu que, em períodos de alta pressão, como o inverno, as visitas são limitadas a 10 minutos diários, prática comum em várias instituições.
É crucial que os hospitais melhorem a comunicação com as famílias, especialmente em momentos delicados como a morte de um ente querido. A transparência é essencial para evitar situações traumatizantes e garantir que os familiares estejam sempre informados sobre o estado dos pacientes.