Os delegados do congresso da Alternativa para a Alemanha (AfD) em Riesa elegeram Alice Weidel como a candidata do partido para as eleições legislativas de 23 de fevereiro. O início do congresso foi atrasado devido a protestos de milhares de manifestantes que se concentraram nas imediações do local, chegando a cortar uma estrada temporariamente.
No seu discurso, Weidel defendeu políticas como o fecho de fronteiras e deportações em larga escala, além de criticar programas de combate às alterações climáticas. A AfD, que obteve cerca de 19% dos votos nas eleições de 2024, continua a ser excluída de alianças por outros partidos, o que limita as hipóteses de Weidel chegar ao poder.
Com uma formação em economia e experiência na Goldman Sachs, Weidel, de 45 anos, é uma das fundadoras da AfD, mantendo-se no partido apesar da sua viragem xenófoba. Nas sondagens, a CDU lidera com 33%, seguida pela AfD, que está a 22%, enquanto o SPD regista entre 15,5 e 17% dos votos.
A eleição de Alice Weidel como candidata da AfD reflete a crescente polarização política na Alemanha, onde as vozes extremistas ganham cada vez mais espaço, desafiando o consenso democrático.