Pedro Passos Coelho, na altura Primeiro-Ministro, era um dos nomes envolvidos na resolução do Banco Espírito Santo (BES) em 2014. A sua inquirição estava agendada para outubro de 2024. O processo conta com 18 arguidos, entre eles o ex-presidente do banco, Ricardo Salgado, que enfrenta sérios problemas de saúde, tendo sido diagnosticado com Alzheimer.
Ricardo Salgado é acusado de cerca de 60 crimes, incluindo associação criminosa, corrupção ativa no setor privado e burla qualificada. As acusações referem-se a atos alegadamente cometidos entre 2009 e 2014.
O Ministério Público estima que estas ações dos arguidos tenham causado prejuízos de 11,8 mil milhões de euros, refletindo a gravidade da situação e o impacto no sistema financeiro português.
A gravidade dos crimes atribuídos aos arguidos no caso BES levanta questões sobre a supervisão do sistema financeiro e a necessidade de responsabilização dos líderes empresariais. O elevado montante de prejuízos é uma chamada de atenção para a recuperação e proteção do setor bancário em Portugal.