Durante uma conferência de imprensa, Lazzarini, responsável pela UNRWA, destacou que as leis israelitas proíbem o contacto entre as autoridades israelitas e a agência em Gaza, embora as escolas e os centros de saúde continuem a funcionar. No entanto, ele adverte que as operações da UNRWA em Jerusalém Oriental poderão ser severamente afetadas devido a proibições impostas pelo parlamento israelita.
Desde março de 2024, Lazzarini não consegue entrar em Gaza e, em junho, foi também barrado na Cisjordânia. Israel lançou uma campanha contra a UNRWA, utilizando publicidade nas redes sociais e outros meios. Lazzarini afirmou que os ataques à UNRWA comprometem não apenas a agência, mas o sistema multilateral global.
Ele rejeitou a ideia de substituir a UNRWA por outras agências da ONU, argumentando que não têm a capacidade necessária para atender às necessidades da população, incluindo os 650.000 alunos em Gaza. Lazzarini apelou a Israel para que assuma a responsabilidade pelos serviços de educação e saúde, e sugeriu que um futuro Estado palestiniano deveria assumir essas funções.
A situação da UNRWA em Gaza e Jerusalém Oriental é crítica, e o bloqueio de Lazzarini é um reflexo das tensões políticas na região. A resistência da UNRWA em ser substituída por outras agências é compreensível, dado o seu papel vital na prestação de serviços essenciais. A proposta de um futuro Estado palestiniano assumir essas responsabilidades pode ser uma solução, mas depende da viabilidade política da região.