Miguel Almeida, investigador do projeto House Refuge, defende que as habitações tradicionais podem ser seguras em caso de incêndio, desde que rodeadas por áreas de gestão de combustíveis. Ele destacou a importância de manter uma distância adequada entre árvores para reduzir riscos. Em 2017, 61% das casas atingidas por incêndios foram danificadas por fagulhas, não pelas chamas diretas, o que sublinha a necessidade de uma gestão eficaz da vegetação nas proximidades. A inclusão de sistemas de proteção, como aspersores, também é proposta.
A investigação sugere que a proteção das habitações contra incêndios deve ser uma prioridade, com medidas mais flexíveis na legislação e a escolha adequada de vegetação. Além disso, a instalação de sistemas autónomos de energia e técnicas construtivas inovadoras podem aumentar a segurança das comunidades. As reformas no setor de seguros também são essenciais para garantir uma cobertura adequada do risco de incêndios.