Miguel Almeida, investigador do projeto House Refuge, destacou que as habitações tradicionais, quando bem projetadas e envolvidas por áreas de gestão de combustíveis, podem ser seguras em caso de incêndio. Este projeto analisou a gestão de combustíveis nas proximidades das casas, sublinhando que uma faixa de gestão não implica a eliminação total da vegetação. As normas estabelecem distâncias específicas entre árvores para minimizar o risco de incêndio, uma vez que a turbulência gerada pelas árvores pode transportar fagulhas.
Almeida enfatizou que a escolha das árvores é crucial para a segurança das habitações, recomendando a exclusão de espécies mais inflamáveis. O projeto também sugere alterações na legislação sobre faixas de gestão de combustíveis, considerando a topografia e a vulnerabilidade do local. Além disso, defendeu a implementação de sistemas de proteção, como aspersores e telas ignífugas, para aumentar a segurança das construções em áreas de risco.