Meta encerra programa de verificação de factos e gera preocupações

Mark Zuckerberg anunciou o fim do programa de verificação de factos da Meta, o que, segundo José Moreno do CIES-Iscte, poderá potenciar a desinformação nas suas plataformas. O investigador critica a decisão, afirmando que contradiz o objetivo de reduzir a influência da informação política no Facebook. Rita Figueiras, da Universidade Católica Portuguesa, alerta que a diminuição das barreiras ao discurso permitirá que conteúdos de redes sociais menores se tornem mainstream, levantando questões sobre censura e a relação com a administração Trump.

Figueiras também sublinha que a abertura do Facebook a discursos políticos pode proporcionar à Meta novas fontes de dados para treinar Inteligência Artificial. Além disso, o novo sistema de notas comunitárias levanta preocupações, pois a validação será baseada no consenso, não em factos verificados. O diretor do Polígrafo, Fernando Esteves, afirmou que a decisão da Meta se aplica apenas aos EUA, enquanto os verificadores de factos na Europa continuam ativos.