A ONU denunciou a proibição da educação para raparigas no Afeganistão, considerando-a uma tragédia. Roza Otunbayeva, representante da organização no país, pediu que os talibãs permitam o regresso das jovens às escolas, sublinhando que nenhum país prosperou excluindo metade da sua população. O Afeganistão é o único país que impede explicitamente o acesso das mulheres à educação, uma medida em vigor há quase quatro anos.
O vice-ministro talibã, Mohammad Abbas Stanekzai, criticou a proibição, afirmando que é injusto privar 20 milhões de mulheres dos seus direitos. No entanto, as tensões internas no regime talibã sobre a educação feminina permanecem, com diferentes fações a debater o assunto. Esta situação é agravada por outras restrições severas impostas às mulheres, como a obrigatoriedade da burca e a necessidade de acompanhantes masculinos.