Organizações da comunidade LGBTQI+ convocaram uma marcha em Buenos Aires, atraindo milhares de cidadãos e representantes de diversas associações e partidos da oposição. A manifestação contou com cartazes e bandeiras arco-íris, simbolizando a luta pelos direitos da comunidade. Além da capital argentina, houve protestos em várias cidades do país e no estrangeiro, incluindo Lisboa, onde argentinos se reuniram perto da Embaixada da Argentina.
A mobilização surge em resposta a declarações recentes do Presidente argentino, Javier Milei, que criticou o feminismo e o conceito de femicídio durante um discurso em Davos. Milei defendeu que o feminismo radical distorce o conceito de igualdade e que o femicídio legaliza a desvalorização da vida feminina em comparação à masculina.
Após as declarações, o Governo argentino anunciou a intenção de abolir o conceito de femicídio, que foi introduzido no Código Penal em 2012. Contudo, a proposta enfrenta desafios, pois as forças do Presidente estão em minoria no parlamento, o que levanta dúvidas sobre a sua aprovação.
A proposta de abolir o conceito de femicídio levanta preocupações sobre a proteção dos direitos das mulheres na Argentina. A luta da comunidade LGBTQI+ e as manifestações em resposta às declarações de Milei mostram a necessidade de um debate mais profundo sobre igualdade e direitos humanos no país.