Cerca de 20.000 afegãos estão numa situação de incerteza no Paquistão após a suspensão dos programas de refugiados dos EUA, determinada pela administração de Donald Trump em janeiro. Muitos fugiram do domínio talibã e foram aceites para recolocação nos Estados Unidos devido ao seu trabalho com entidades americanas e organizações humanitárias.
O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, anunciou que os refugiados afegãos seriam deportados se os países que prometeram recebê-los não agilizarem os processos. Estima-se que 1,45 milhões de afegãos permanecem legalmente no Paquistão, enquanto 800.000 já regressaram ou foram deportados este ano.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Paquistão ainda não se pronunciou sobre a situação. As autoridades paquistanesas afirmam que os afegãos que aguardam reinstalação no estrangeiro enfrentarão a expulsão de cidades como Islamabad e Rawalpindi se não houver progresso nas suas transferências para outros países.
A situação dos afegãos no Paquistão é alarmante e requer uma resposta internacional mais eficaz. A incerteza em que vivem, somada à possibilidade de deportação, mostra a necessidade urgente de uma solução que garanta a segurança e os direitos desses indivíduos que fugiram da opressão.