Na conferência anual de embaixadores da UE, Kallas sublinhou a necessidade de uma União Europeia que seja transnacional, alinhando-se com países que não estão totalmente integrados no bloco. A Alta Representante para a Política Externa destacou que muitos países hesitam em escolher entre autocracias e o Ocidente, guiados por interesses próprios.
Kallas exemplificou a situação da Turquia e dos Estados do Golfo, que possuem agendas estratégicas próprias. A ex-primeira-ministra da Estónia argumentou que a UE deve adaptar as suas políticas a contextos históricos e culturais variados, promovendo a cooperação quando há interesses comuns, como evidenciado pelos acordos com o México e o Mercosul.
A representante reafirmou o compromisso da UE em defender os seus interesses e a presença das suas empresas no exterior, mas alertou que isso deve ser feito de forma ética e transparente, sem recorrer a métodos questionáveis.
A abordagem proposta por Kallas parece ser um passo na direção certa, considerando a complexidade do cenário global atual. A transnacionalidade poderia permitir à UE fortalecer parcerias estratégicas e promover um comércio mais justo e equilibrado. Contudo, será fundamental garantir que os princípios da ética e da transparência sejam sempre respeitados.