O perfil do cancro em Portugal, apresentado pela OCDE e pela CE, revela que a doença é a segunda principal causa de morte no país, com uma taxa de mortalidade a diminuir mais lentamente do que a média da União Europeia. As estimativas apontam para um aumento de 12% nos novos casos de cancro até 2030 e 20% até 2040. Além disso, Portugal regista a maior taxa de incidência de cancro pediátrico na UE, com 245 diagnósticos em crianças e adolescentes em 2022.
Apesar do elevado número de casos, a investigação em cancro pediátrico em Portugal é baixa, com apenas 22 ensaios clínicos realizados entre 2010 e 2022. A desigualdade entre géneros na mortalidade por cancro é alarmante, com os homens a registarem taxas quase duas vezes superiores às mulheres. A redução da mortalidade em alguns tipos de cancro é positiva, mas as dificuldades permanecem, especialmente para aqueles com menos de 65 anos.