Rippon Hossain, de 49 anos, afirmou no Tribunal Central Criminal de Lisboa que não sabia que fornecer moradas a imigrantes era crime. Ele é acusado de liderar um esquema que facilitava a obtenção de residências falsas na Junta de Freguesia da Penha de França. Entre 2016 e 2021, Hossain admitiu ter fornecido o seu endereço a cerca de 1300 pessoas, recebendo entre cinco e 60 euros em troca.
O caso expõe a fragilidade dos sistemas de apoio a imigrantes em Lisboa e levanta questões sobre a responsabilidade das instituições. O julgamento, que se prolongará até maio, poderá revelar mais sobre a rede criminosa e a cumplicidade de funcionários públicos.