O novo governo belga, formado por cinco partidos, confirmou a intenção de alterar a lei de 2003 que prevê o abandono progressivo da energia nuclear. O primeiro-ministro Bart De Wever anunciou que pretende eliminar dois artigos da legislação, que estabelecem o calendário de desmantelamento das centrais nucleares e a proibição de produção de energia atómica. O objetivo é obter uma capacidade nuclear de oito gigawatts, com a ampliação de reatores existentes e o desenvolvimento de novas capacidades.
A decisão do governo reflete a crescente preocupação com a segurança energética na Bélgica, especialmente após a guerra na Ucrânia e a crise dos preços da energia. A energia nuclear, considerada uma fonte de baixo carbono, surge como uma solução viável para reduzir a dependência de combustíveis fósseis. Contudo, a alteração da lei suscita debates sobre a sustentabilidade e o futuro energético do país.