Uma investigação da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto concluiu que pais de crianças com autismo ou perturbação do processamento sensorial apresentam padrões sensoriais mais intensos em comparação com aqueles de crianças com desenvolvimento típico. O estudo, publicado na revista ‘Research in Developmental Disabilities’, envolveu mais de uma centena de pais e destacou a importância de apoiar as famílias, minimizando o impacto das dificuldades sensoriais.
A investigadora Irene Carvalho enfatizou que o objetivo do estudo não é culpar os pais, mas sim criar programas de apoio que ajudem na interação familiar. A pesquisa identificou que os padrões sensoriais intensos podem influenciar a forma como os pais se relacionam com os filhos, muitas vezes transmitindo uma sensação de ameaça. Assim, intervenções que promovam a identificação e expressão de emoções podem ser essenciais para melhorar o bem-estar familiar.