O príncipe Karim al Hussaini, 49.º imã hereditário dos muçulmanos ismaelitas, teve um papel crucial na projeção da sua comunidade a nível global. Considerado descendente do profeta Maomé, ele exercia uma liderança espiritual e política, sendo tratado como um monarca pelos ismaelitas. O Aga Khan foi um diplomata astuto, estabelecendo a Fundação Aga Khan e outras instituições que promovem o desenvolvimento e a educação, elevando o status da comunidade ismaelita no mundo.
A morte do Aga Khan IV, aos 88 anos, marca uma mudança significativa para os ismaelitas, que são respeitados pela sua contribuição ao desenvolvimento em regiões como o Paquistão. A sua sucessão, a ser definida por um dos seus filhos, não deverá trazer grandes mudanças na direção das instituições que criou. A comunidade ismaelita, em Portugal, representa uma herança histórica e continua a ser uma parte importante do panorama muçulmano.