O Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio criticou o ministro israelita Katz por suas declarações, considerando-as irresponsáveis e prejudiciais ao processo de cessar-fogo em Gaza. Katz sugeriu a ‘partida voluntária’ da população de Gaza, em linha com um plano do Presidente dos EUA, que foi rejeitado pelo Egito, que o considera uma violação do direito internacional e dos direitos palestinianos.
As autoridades egípcias afirmaram que qualquer proposta que vise deslocar os palestinianos da sua terra é inaceitável e que trabalharão em conjunto com a comunidade internacional para reconstruir Gaza, sem forçar a sua população a sair. O Egito também chamou a atenção para as causas profundas do conflito, que incluem décadas de ocupação e discriminação.
As declarações de Trump sobre um controle norte-americano sobre Gaza foram amplamente criticadas, inclusive por líderes europeus e árabes, que alertaram para as consequências de uma deslocação forçada. O presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sisi, e o francês Emmanuel Macron concordaram que isso seria um obstáculo para a paz e a solução de dois Estados, reiterando a necessidade de um cessar-fogo duradouro.
As propostas de deslocação da população palestiniana revelam um desrespeito pelas normas internacionais e pelos direitos humanos. A solução para o conflito deve ser baseada no respeito mútuo e na coexistência pacífica, sem forçar deslocações que apenas aprofundam a crise.