Albin Kurti, líder do partido no poder ‘Vetëvendosje’, é o grande favorito nas eleições no Kosovo, com sondagens a indicar que poderá alcançar mais de 50% dos votos. Os partidos albaneses buscam o reconhecimento do Kosovo e a sua aproximação à UE e NATO, enquanto os sérvios, que representam 6% da população, exigem maior autonomia através da criação da Comunidade de Municípios Sérvios.
A campanha eleitoral tem sido marcada por uma retórica intensa, com Kurti a focar na independência e no crescimento económico. Contudo, a oposição, com menos intenção de voto, prioriza questões económicas e desenvolvimento. Com a inflação a afetar a população, o descontentamento cresce, colocando a pressão sobre os partidos de oposição.
A segurança das eleições será monitorizada pela UE e NATO, que destacaram observadores e militares no terreno. As tensões interétnicas têm aumentado, resultando em vários incidentes violentos nos últimos anos, incluindo ataques a infraestruturas. A proibição do dinar sérvio pelo Banco Nacional do Kosovo acentuou o descontentamento nas comunidades sérvias, complicando ainda mais a situação.
A situação no Kosovo continua a ser delicada, com o aumento das tensões interétnicas e a insatisfação da população. A capacidade da oposição de converter o descontentamento em votos será crucial para o futuro do país. A monitorização internacional poderá ajudar a garantir eleições justas, mas a resolução das tensões entre albaneses e sérvios permanece um desafio premente.