O deputado Alberto Machado solicitou a suspensão do seu mandato na Assembleia da República por um período de 30 a 180 dias, alegando razões pessoais relacionadas com o cuidado da sua mãe, de 96 anos. No entanto, a Comissão de Transparência adiou a decisão, levantando suspeitas de que o deputado pretende reassumir a presidência da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, cargo que deixou em 2024 para ser deputado.
A Comissão, com maioria de votos, decidiu questionar Machado sobre os reais motivos do seu pedido, alertando que não poderá utilizar a suspensão para voltar à autarquia. O PSD contestou a decisão, considerando-a um processo de intenções.
Machado, que já foi presidente da câmara três vezes, defendeu a sua posição, reiterando que a suspensão do mandato autárquico foi aprovada por unanimidade e que está disponível para esclarecer as suas intenções à Comissão de Transparência.
A situação de Alberto Machado levanta questões sobre a transparência e a utilização dos mecanismos parlamentares, especialmente quando se trata de transições entre cargos. A decisão da Comissão de Transparência em adiar a aceitação do pedido reflete a necessidade de garantir que não existam conflitos de interesse, protegendo assim a integridade das instituições.