O debate sobre a introdução de uma taxa turística regional nos Açores gerou opiniões divergentes na Assembleia Legislativa. O deputado do PSD, Rúben Cabral, e a secretária do Turismo, Berta Cabral, consideram que a medida é prematura, dado que a região ainda está a desenvolver-se turisticamente. Por outro lado, o deputado do PAN, Pedro Neves, argumentou que a taxa poderia aumentar as receitas necessárias para a região, que não é rica.
Outros deputados, como José Pacheco do Chega e Nuno Barata da Iniciativa Liberal, criticaram a ideia de adicionar uma taxa regional à já existente taxa municipal, afirmando que isso poderia afastar turistas. A deputada Catarina Cabeceiras também se opôs à criação de uma nova taxa, uma vez que a pressão turística não é uniforme em todas as ilhas. O BE e o PS mostraram-se favoráveis a uma taxa única, mas reconheceram a dificuldade de implementação atualmente.
A proposta do PAN foi chumbada, com a oposição dos partidos da coligação governamental e a abstenção do PS e do BE. A Câmara do Comércio e Indústria dos Açores também manifestou preocupações sobre a proposta, alertando para potenciais perturbações no setor turístico. O debate destaca as preocupações sobre a sustentabilidade do turismo na região e a necessidade de abordagens adequadas para o seu crescimento.
A discussão sobre a taxa turística nos Açores reflete a complexidade de equilibrar o crescimento do turismo e a necessidade de receitas adicionais. É fundamental encontrar um modelo que beneficie tanto o setor turístico quanto a população local, evitando a sobrecarga fiscal que pode afastar visitantes.