Na Assembleia da República, Mariana Leitão, da Iniciativa Liberal (IL), afirmou que o seu partido foi o único a votar contra a desagregação de freguesias, considerando que isso aumentaria a burocracia e os custos políticos. Ela elogiou o veto do Presidente da República e instou os partidos a reconsiderar a sua posição sobre esta reforma, especialmente num ano de eleições autárquicas.
Mariana Leitão expressou esperança de que partidos como o PSD possam rever a sua postura, destacando que o veto de Marcelo Rebelo de Sousa levanta questões importantes, incluindo os constrangimentos para as eleições. Ela argumentou que a contrarreforma não beneficia as populações, mas sim aumenta a despesa pública e o clientelismo político.
O PS anunciou que irá reverter a desagregação de 135 freguesias, restituindo 302 autarquias locais, após o veto do Presidente. Marcelo Rebelo de Sousa justificou o veto pela dificuldade de implementar o novo mapa nas próximas eleições e pela falta de transparência no processo legislativo, afirmando que a decisão é contraditória com as orientações das instituições europeias.
A crítica de Mariana Leitão à desagregação de freguesias reflete uma preocupação legítima com o impacto dessa medida nas eleições autárquicas e nas finanças públicas. O apelo à reflexão dos partidos é um passo importante para garantir que as decisões políticas sirvam realmente os interesses da população.